quarta-feira, 30 de março de 2011

De Paraty ao Rio de Janeiro







Parti de Paraty sabado rumo ao Rio de Janeiro. Uma viagem que deveria ser rápida ja que o Rio fica a pouco mais de 100 milhas de Paraty. Mas...
Embarquei meu velho companheiro o Brasileirinho, um caiaque que ja passa dos seus 18 anos e juntos, eu, Petit e ele seguimos tranquilos numa bela tarde de sol.
Logo apos a Ilha do Mantimento, na baia de Paraty o vento acabou total. Como nao tenho um motor a bordo ficamos a observar o fim da tarde e a bela noite estrelada. Laguei o ferro e dormi. Logo cedo acordo com uma leve brisa e sigo rumo a Ilha Grande. O vento aumenta e vem de sueste. Uma boa velejada nas aguas calmas da baia da Ilha grande. O dia passa rápido e sempre junto ao leme sigo ate próximo ao Abraão e o vento acaba total. Passo umas duas horas ate conseguir ter um bom calado para larga o ferro. Um rapaz, Joao Pedro e sua namorada , se aproximam e me levam para mais próximo a casa onde eles moram e ali passo mais uma noite. Ele fica encantado em ver uma mulher sozinha e num barco sem motor. Eu me encontrava bem apesar de ainda estar a mais de 60 milhas do meu destino,mas eu sabia que nao precisava cruzar nenhuma linha de chegada e o tempo nao era o protagonista nessa historia.
Logo cedo subi os panos e sai com uma leve brisa e que ganhou força e me levou muito rápido ate a Barra de Guaratiba. O vento acabou novamente e como a corrente era muito forte larguei o ferro apesar dos 40m de profundidade.






Sou acordada com uma forte tempestade e fico esperando ela passar. A chuva caindo, os raios e as trovoadas faziam um espetaculo a parte.


Assim que a chuva acaba tiro o ferro, mas essa tarefa nao é nada facil. Tenho que utilizar a ajuda da catraca, minha Nautos, senao nao seria possível. Fico tao cansada, mas sempre levo o leme e sigo voando rumo ao Rio.
Apesar de ter muitas calmarias a viagem foi brindada por belas velejadas. Ja proximo ao Iate Clube o vento ficou bem na cara, contra e entre tantos bordo consigo chegar junto as poitas, desço a genoa e largo o ferro. Uma rajada entra e o ferro nao unha e la vou eu me distanciando do Iate. Aiaiaiai. Quando enfim o barco para eu ja imagino o trabalho que me espera. Tirar o ferro e novamente velejar entre bordos de volta ao Iate. Mas do nada surge um bote e nele dois amigos, o Chico e o Edu Loro. O Chico sobe a bordo puxa o ferro e o Edu nos leva a uma poita. Que sorte enfim cheguei.
Vou aproveitar esta escala no Rio para Nautos dar uma geral nas ferragens do Petit, vou fazer manutenção nos eletrônicos e comprar comida.
Hoje fui a casa dos meus pais e matei saudades. Nao sei quando voltarei, mas sei que eles sempre estarão aqui a minha espera.









3 comentários:

  1. Belas fotos e um relato gostoso. Adorei !
    P'ra que pressa ? rsrsrs

    Bons ventos Bel,

    ResponderExcluir
  2. É sempre uma alegria ler noticias tuas do mar...
    Bons Ventos

    ResponderExcluir