quinta-feira, 28 de julho de 2011

Martinica - Açores













Parti de Martinica no dia 4 de maio num dia de muito calor e sem vento. Rumei a oeste e segui depois a leste no canal entre Martinica e Dominica. No canal o vento engrossou e o tempo foi mudando. O ceu foi ficando cada vez mais sinistro, mas a bordo a paz reinava. Elen não parava quieta. No dia 6 caiu muita chuva e o vento engrossou e ficou contra. Mas o vento não durou muito e a noite estava com todos os panos em baixo, pois não aguentava mais ver velas batendo.
No dia 8 uma super tempestade. O mastro tremia que pensei que ia quebrar. E seguia assim a viagem com uma hora de forte vento e depois nada. No dia dez a nossa Elen saiu pela primeira vez de dentro do barco sozinha. Agora a atençao tem que ser dobrada, pois o risco dela cair na agua era grande. Entre ventos, calmarias e cuidados com a gata ia pensando na vida, no futuro, nos sonhos, nos amores...
Os outros dias da travessia foram super tranquilos. Vento favoravel, gennaker o tempo todo, dia e noite, lendo livros e me divertindo com a pequena Elen que não para quieta.
Avisto 3 veleiros e tento falar com eles, mas não entendo nada o que falam e desisto. Chego aos Açores e o vento cai e passo mais de 12h para conseguir as 3h da manha chegar no porto. Confesso que pensei que minha amiga Beatriz Madruga iria aparecer de barco a qualquer momento. Mas isso não aconteceu. So depois fiquei sabendo que ela tinha viajado com seu marido, o velejador solitario Genuino Madruga para Lisboa, pois iria ter um encontro com o presidente de Portugal, pois Genuino lançou um livro “ O Mundo que eu vi“ sobre sua segunda volta ao mundo em solitario e iria presentea-lo ao presidente. Estou louca para ler. O titulo é lindo.
Acabei por não encontrar minha amiga. Mas fui no Peter Café e curti um pouco esse pedaço do Atlantico.



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